Natal: o dia em que CERTOS cristãos celebram o nascimento de Cristo

O Natal é literalmente "a data de aniversário do nascimento de Cristo", o dia em que os cristãos celebram o nascimento de Jesus. Existem várias teorias sobre a data de 25 de dezembro: a escolha da data, onde o Natal foi celebrado pela primeira vez, quem foram os primeiros a festejar o Natal...

Reunimos várias dessas informações neste artigo, para lhe dar um pouco mais de informações sobre uma das festas cristãs mais celebradas do ano.

Neste artigo apresentamos-lhe:

• A etimologia da palavra Natal
• A história do Natal
• Os cristãos que não celebram o Natal e aqueles que o celebram noutra data
• De onde vêm as tradições de Natal?
• De onde vem o Pai Natal?
• A imagem do pai natal moderno
• O Natal hoje
• Resumo

1. Etimologia

A etimologia da palavra Natal vem do adjetivo latino "natalis", que significa "relativo ao nascimento".

2. História

As primeiras celebrações do Natal remontam ao século IV, em Roma. Naquela época em Roma, também se celebravam as festas Saturnais (os romanos veneravam o deus Sol: Saturno), o solstício de inverno (o dia mais curto do ano) e o Sol Invictus (o renascimento do sol invencível).

3. TODOS os cristãos não celebram o Natal... mas não só

Antes de mais, é importante saber que nem todos os cristãos celebram o Natal. Algumas confissões cristãs como as Testemunhas de Jeová, a Igreja de Deus restaurada, ou as Igrejas Cristãs de Deus (Christian Churches of God) rejeitam a festa do Natal. Segundo estas confissões, a festa do Natal não era celebrada pelos primeiros cristãos e, portanto, não tem razão para ser celebrada pelos cristãos hoje em dia.

Mas entre os cristãos que celebram o Natal, a data varia conforme as confissões.
Os cristãos do ocidente celebram a Natividade numa data fixa, a 25 de dezembro. Alguns cristãos ortodoxos orientais celebram o Natal a 6 de janeiro, dia da Epifania (o dia em que os três reis magos Gaspar, Baltazar e Melchior encontraram Jesus). Outras confissões ortodoxas celebram o nascimento de Jesus a 7 de janeiro e a Epifania a 19 de janeiro.

4. De onde vêm as tradições de Natal?

Segundo os historiadores, a festa do Natal ocidental, tal como a conhecemos, começou como uma festa pagã que foi cristianizada. A árvore de Natal ou pinheiro de Natal é, por exemplo, um símbolo pagão de fertilidade.

Nos países nórdicos, quando as noites são frias e muito longas, a festa do Natal dava aos cristãos algo para esperar: uma comida rica (renas se estiver na Suécia, porco e cordeiro se estiver na Grécia), velas, uma missa católica à meia-noite ou serviços protestantes na manhã de Natal. Pinheiros eram trazidos para dentro de casa e velas eram acesas como símbolo da esperança de que a primavera voltaria com novas colheitas abundantes.

É também uma coincidência interessante que a festa judaica das luzes, Hanukkah, caia todos os anos em novembro ou dezembro e seja celebrada com a iluminação do candelabro (menorá), jogos, presentes e alimentos tradicionais.

5. De onde vem o Pai Natal?

O mito do Pai Natal (atenção spoiler: não leia mais se tiver menos de 10 anos!) vem da lenda de São Nicolau. Nicolau era um bispo da cidade de Mira (na Turquia moderna), que queria ajudar jovens mulheres pobres a encontrar um marido. Ele deixava secretamente sacos de dinheiro à porta da casa da família delas, um presente anónimo para os pobres. Assim, tornou-se o santo padroeiro das virgens e das crianças. Com o tempo, a sua generosidade foi lembrada pelas pessoas que ofereciam presentes às crianças secretamente durante a festa de São Nicolau, celebrada a 6 de dezembro (nos países cristãos ocidentais) e a 19 de dezembro (nas igrejas orientais).
O seu nome em inglês tornou-se Clause, a partir do neerlandês Sinterklaas. As crianças neerlandesas e outras crianças da Europa ocidental deixam comida numa ferradura ou num tamanco para o cavalo de Nicolau na véspera de 6 de dezembro, e recebem presentes no dia da festa.

6. A imagem do pai natal moderno

A nossa imagem moderna do Pai Natal, um homem de certa idade, vestido com um fato vermelho e branco e um chapéu a condizer, provém de uma campanha de marketing incrivelmente bem-sucedida da Coca-Cola nos anos 1930. Desde então, os pais natais das periferias vestem-se sempre segundo a imagem criada pela marca Coca-Cola. Mas esta imagem provém de uma representação anterior do Pai Natal que nada tinha a ver com o Pai Natal americano até aos anos 1850.

A partir dos anos 1850, o Pai Natal inglês era representado como um velho barbudo que usava uma longa túnica vermelha forrada de pele branca e um chapéu vermelho pontiagudo, que trazia presentes às crianças boas. Esta imagem encontra-se nos postais ingleses do início do século XX.

7. O Natal hoje

Hoje, oferecemos presentes a adultos e crianças na véspera ou no dia 25 de dezembro, e geralmente de forma não anónima.

Os nossos presentes também recordam as homenagens que os três Reis Magos - que simbolizam, segundo a tradição, os povos não judeus - fizeram ao menino Jesus.

Os Magos deram a Jesus ouro, incenso e mirra, quando perceberam que o bebé que olhavam era ao mesmo tempo humano e filho de Deus.

8. Resumo

A história do Natal é uma mistura de elementos religiosos e pagãos.

Nem todas as confissões cristãs concordam sobre a autenticidade e pertinência desta celebração.

Todas as tradições que conhecemos hoje sobre o Natal são também uma mistura entre uma herança histórica bíblica e interpretações mais ou menos modernas provenientes de diferentes partes do mundo e de diferentes culturas.

O Natal continua a ser um período do ano mágico e alegre, tanto para as crianças como para os mais velhos. O Natal é uma festa que promove a solidariedade, a ajuda mútua e o amor ao próximo.